O Parque do Sabiá

(por: José Rodolpho Assenço)

                         O Parque do Sabiá, em Uberlândia, Minas Gerais, é o maior em área urbana, em toda região oeste e no Triângulo Mineiro. Tem mais de 1.850.000m², dos quais 380.000m² compreendem bosques com diversas espécies de árvores nativas. Nele pudemos observar diversos lagos e represas, além de um grande volume de água.

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                        Embora esteja muito perto do centro da cidade, na região leste, sua exuberância remete a floresta, o que deve ser ocasionada pela abundância de água do local.

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                        Possui uma pista de Cooper de 5.100m, que o circula, proporcionando excelente passeio e lazer à comunidade. Em todo seu trajeto, pudemos observar: parque infantis, churrasqueiras, zoológico, aquário, restaurantes, bares, quiosques, quadras polivalentes, piscinas, oito campos de futebol oficial, um pequeno estádio chamado Sabiazinho, o estádio João Havelange — que abriga jogos da primeira divisão do campeonato brasileiro da serie A, sendo mando de campo do Cruzeiro F.C., a Arena Sabiazinho, ginásio de esportes coberto com toda infraestrutura para grandes eventos e ainda se encontra, ao seu lado, em fase de construção, um complexo aquático, cujas obras estão aceleradas.

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                        Iniciamos nossa visita pela entrada norte do parque e seguimos pela pista de Cooper, caminhando no sentido leste. Na ida, pudemos observar, além de grande infraestrutura de bares, diversas áreas agradáveis de lazer; no caminho de volta, passamos próximo à arena de esportes e ao grande estádio de futebol, que parece inicialmente com um grande edifício. Esse estádio, que recebe o nome de João Havelange, é palco de grandes apresentações futebolísticas.

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                        Estivemos próximo ao grande lago, passando pelo zoológico e pelo aquário — um grande bosque com muita água. Depois de algumas fotos tiradas do local, retornamos à estrada de Cooper, por onde seguimos ao largo de diversos campos de futebol e quadras de esportes bem iluminadas e que, costumeiramente, contam com grande frequência de público.

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                        Concluímos nosso passeio — caminhada — de aproximadamente cinco quilômetros, passando sobre a represa, que reserva o grande lago do parque. De lá, conseguimos ver, de longe, o Estádio e o Ginásio ao fundo da lagoa.

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                        Paramos, por fim, em um dos quiosques para descansar e observar a comunidade que passeava pelo parque.

Deserto do Jalapão

(por: José Rodolpho Assenço)

                        O Deserto do Jalapão compreende uma grande extensão de terra desde o meio oeste do Estado do Tocantins até a divisa com a Bahia.  Compreende inúmeras terras devolutas, contando, porém, com outras declaradas como Parque Estadual, incluindo-se, nesse contexto, o pequeno Município de Mateiros, como um oásis diante de tamanho vazio.

                        Trata-se realmente de um deserto que, na expressão correta da palavra, significa uma área desabitada ou quase desabitada. Dessa forma, vamos nos ater principalmente ao deserto propriamente dito, a região arenosa e repleta de dunas dentro do Parque Estadual do Jalapão.

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                        No caminho, ao longe, observamos a imponente e bizarra imagem da Serra do Espírito Santo, que é composta de sedimentos areníticos. É de lá que, ante o efeito do vento, vem a areia que forma o deserto logo abaixo.  Impressionante, uma visão diferente de todas as serras que já conheci, uma vez que essas erosões evidenciam paredes de areias em cores e formações diferentes, provocando rara beleza.

                        Já próximo das dunas, passamos por uma singela lagoa que compõe um belo visual também com a serra ao fundo.

                        Após desembarcarmos de uma caminhonete e fazermos uma breve caminhada, chegamos ao sopé da principal duna, provavelmente a mais alta do parque, onde, em sua base, corre, serpenteando a duna, um córrego que provavelmente abastece a lagoa logo abaixo.

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                        Ainda era começo da tarde, quando iniciamos a árdua subida da duna. O parque estava deserto. Somente eu e os companheiros Cleber e seu filho Danilo, que disse estar feliz com a excursão no deserto.  Chegando ao topo, colocamos alguns equipamentos no chão e partimos então na busca do maior e mais completo número de fotos do local.

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                        Ficamos fotografando por horas. À medida que o tempo ia passando e o final da tarde se aproximava, a coloração, tanto das areias das dunas, como da Serra do Espírito Santo, iam mudando a cor da areia para um amarelado mais escuro.

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                        Percebemos então que teríamos realmente que aguardar no local até o entardecer para buscar imagens únicas, ou de grande beleza.

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                        Do topo, conseguimos produzir algumas fotos. Procuramos nelas apresentar a profundidade do deserto até o sopé da serra, bem como diversas dunas de tamanhos menores mescladas com um tipo de vegetação que se assemelha a da caatinga.

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                        O local sofre de infestação de Mutuca, uma mosca semelhante a uma pequena mariposa e que se alimenta de sangue.  Quando me surpreendi com uma imagem: Danilo  matava sequencialmente as mutucas que pousavam em sua perna, e já havia um pássaro que o acompanhava com o objetivo de comer essas moscas esquisitas, por ele arremessadas à areia.  Diversão estranha e inusitada.

                        Ao entardecer tivemos inesperadas companhias: algumas excursões que tinham por objetivo levar seus clientes às dunas, justamente ao entardecer, para observar as mudanças de cores na serra e em todo o visual.                                       Tais visitantes, porém, não nos atrapalharam a produzir um grande número de fotos com diferentes condições de iluminação.

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                        Por fim, exaustos, tendo em vista que passamos praticamente toda a tarde em pé e em cima das dunas, caminhando em alguns momentos, foi quando o amigo Cleber me convidou para descer a duna e iniciar, dessa feita, uma série de fotos de baixo para cima, na contraluz. 

                       Durante essa nova empreitada, surgiu uma repentina dor no joelho, devido a uma fragilidade de menisco. Avisei, então, ao companheiro que não tinha mais condições de descer e subir, ou ainda, que, se descesse, não subiria mais. Consegui arrancar alguns risos do Cleber. Logo em seguida, finalizamos o nosso trabalho no deserto.