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O Mirante do Alto da Boa Vista

(por: José Rodolpho Assenço)

                         O Mirante do Alto da Boa Vista — ou do Cruzeiro como é conhecido pelos nativos — em Maragogi é um outeiro localizado atrás do centro da cidade, que proporciona um visual único desse município do extremo norte Alagoano.

vista_de_maragogi

                          Por diversas ocasiões em que estive em Maragogi, mesmo quando só de passagem, não deixei, uma vez sequer, de observar aquela imponente elevação com sua torre circular de aproximadamente cem metros, logo por detrás da cidade, como se desejasse sinalizar a todos, o exato local desse município.

norte_de_maragogi torre_em_maragogi

                         Na última visita que fiz àquela cidade, conversando com um amigo nascido e residente lá, obtive a informação de que seria facilmente possível visitar o referido mirante, oportunidade em que me aconselhou a fazer isso, bem como a tirar, de lá, algumas boas fotos da cidade.

vista_sul_de_maragogi litoral_sul

                         Fiz isso no dia seguinte. Antes mesmo de desfrutar da praia, tomei a direção norte da rodovia e segui pelo local por ele indicado. Depois de curta e árdua subida em trecho de estrada de pedra, cheguei ao Mirante Alto da Boa Vista. O nome já diz tudo. Trata-se de um lugar para se observar com atenção as curvas, as praias, a cidade logo abaixo e, especialmente, aquele mar extremamente azul, logo ao fundo. Pena que não há infraestrutura turística alguma, restando apenas a gigantesca torre, provavelmente construída pela Embratel para transmissões de telefonias, e um cruzeiro que, no exato momento de minha visita, estava sendo utilizado como poleiro por um urubu.

cruzeiro_do_mirante vista_norte_de_maragogi

                         Sabe-se, porém, que o local tem sido palco de acirradas discussões municipais. Dizem que a prefeitura da cidade pretende transformar o local num ponto de atendimento aos turistas que visitam Maragogi. Para tanto, construiria infraestrutura necessária,  incluído um bom restaurante. Esse projeto, no entanto, tem sido combatido por diversas lideranças e setores municipais. Enquanto isso tudo aquilo continua deserto e com difícil acesso aos viajantes.

vista_geral_do_mirante vista_da_praia_de_maragogi

                         Permaneci alguns minutos a mais naquele bonito local, fazendo o registro do maior número possível de imagens de todas as praias e do mar. 

Pontal do Coruripe

(por: José Rodolpho Assenço)

                       Encontrava-me hospedado na Praia do Francês, em um domingo de janeiro do corrente ano. Sabedor de que as praias e locais próximos a Maceió estavam por demais lotadas de turistas, principalmente os de fim de semana, achei por bem realizar um de meus planos: visitar o Pontal do Coruripe, lugar de rara beleza.

                        Peguei a ferramenta principal, a máquina fotográfica, e parti pela AL 101, estrada costeira estadual que prossegue rumo sul. Sabia que essa via encontrava-se em reforma e que, por isso, nem todo o trajeto de pouco mais de cem quilômetros seria tranquilo.

                        Após a entrada para São Miguel, observei que a via piorara muito. Deparei-me com alguns percalços, mas não desanimei.

                        Pouco antes da cidade de Coruripe, a aproximadamente uns oito quilômetros entrei na via que segue ao Pontal, deparei-me com uma pequena vila, onde conheci a Igreja de Bom Jesus dos Navegantes e o marco do naufrágio da nau Nossa Senhora da Ajuda, que conduzia o bispo Dom Pero Fernandes Sardinha a Portugal,  em 1560, pelo navegador espanhol Dom Rodrigo de Albanha.

igreja_de_bom_jesus_dos_navegantes registro_do_naufragio

                        Seguindo em frente pela vila, cheguei ao Farol e ao belo Pontal de Coruripe. Esse farol, símbolo da cidade, foi construído em local estratégico em 1948.  À sua frente, uma das praias mais belas do litoral sul, com arrecifes muito próximos, além das piscinas. Grande oportunidade de se desfrutar de uma cachoeira provocada pela ação do mar.

farol_do_pontal

                        Relatos da historia local e, os marcos, próximo ao farol informam que esse foi o primeiro ponto avistados pelas caravelas de Pedro Álvares Cabral, quando do descobrimento.

enseada

                        Desci à praia e de lá tive a oportunidade de colher várias fotos do mar e desse litoral.

praia_no_pontal_do_coruripe praia_do_pontal

                        Após algumas horas de praia e de descanso em uma barraca local, aguardei o final da tarde para prosseguir até à cidade de Coruripe para lá registrar a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Coruripe, onde se encontra uma grande torre retangular em um outeiro que propicia a visão parcial da cidade, e também da Igreja de São José de Poxim, marco da criação da vila de Coruripe.

matriz_de_nossa_senhora_da_conceiçao

                        Por sorte, em determinado momento, e no ângulo certo, consegui registrar concomitantemente as duas Igrejas em uma única foto.

igreja_de_sao_jose_do_poxim

                        Coruripe, anteriormente, era habitada pelos índios Caetés, que viviam às margens do rio de mesmo nome.

                        Consta que tais índios eram considerados canibais e que chegaram a se alimentar também de seus inimigos. Relatam também que o início da colonização desse local se deu pelos sobreviventes do naufrágio da Nau de Dom Pero Fernandes Sardinha.

cemiterio_de_coruripe