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São José de Ribamar

(por: José Rodolpho Assenço)                         

                        Partindo de São Luis, Maranhão, no sentido leste, na parte mais oriental da Ilha, está localizada a histórica cidade de São José de Ribamar — nome também do padroeiro do Maranhão.

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                        Existe uma lenda que remete a uma Nau que vinha, há muito tempo, de Lisboa para São Luis e ali, na baía de São José, ancorou fugindo de uma tempestade. O comandante fez, naquela oportunidade, uma promessa a São José de construir uma capela em sua homenagem, caso aquela terrível tempestade passasse.

                        E assim aconteceu. A tempestade se acalmou, e o comandante cumpriu a promessa, erguendo a capela com a imagem de São José no altar, bem de frente à baía de mesmo nome. No entanto, moradores da aldeia de Inindiba, hoje Paço do Lumiar, acharam por bem transferir essa imagem para a Igreja deles. Mas não deu certo, pois, ao anoitecer, a imagem, inexplicavelmente, desapareceu desta Igreja, surgindo na capela de onde havia sido retirada, ou seja, na de São José.

                        O início do povoamento de São José ocorreu em 1627, quando da doação das terras aos Jesuítas, na época da então aldeia dos índios Gamelas.

                        Em 1943, foi criado o município de São José de Ribamar, porém, tal ato foi extinto sucessivamente até sua instalação definitiva em 1952.

                        Chegando a Ribamar, os caminhos levam à praça da Matriz, onde, ao final dela, depara-se com a gigantesca estátua do Santo defronte ao mar da baía de São José para, segundo dizem, proteger os navegantes. A cidade conta com porto e importante colônia de pescadores.

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                        O centro é acolhedor e convidativo. Muito bela é a Igreja Matriz, sem contar com o encanto e a atração especial das doze estações de Cristo ao redor da praça. Ressalte-se que a composição de imagens dos Santos e figuras com a Matriz ao fundo representam um belo cartão postal da cidade.

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                        A imponente estátua de São José de Ribamar merece ser visitada. No caminho para ela, passa-se pela Gruta de Lourdes, réplica da existente na França. Ao final da praça da Matriz, observa-se ainda uma moderna concha acústica, local de congraçamento e eventos da cidade.

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                        Muito ligada à religiosidade, próximo à Matriz, existe a Casa dos Milagres, aberta diariamente para a venda de Santos, porções e artesanato. Anualmente, em setembro, acontece a festa de São José de Ribamar na citada praça.

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                         As praias de lá são lindas, visita obrigatória a quem procura tranquilidade. Infelizmente, a localidade sofre furiosamente a influência da maré, que é considerada a maior do Brasil e a quarta maior do mundo.

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                        A praia de Panaquatira, por exemplo, se destaca pela sua beleza. É ainda selvagem e representa bem essa influência da lua sobre a terra.

                        Panaquatira é, com certeza, a melhor opção de praia, ficando a aproximadamente oito quilômetros do centro da cidade, em estrada asfaltada. Possui, restaurantes e pousadas. 

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                        Antes de retornar de São José de Ribamar, tive a oportunidade de conhecer bons restaurantes na rua principal da cidade, próximo à praça, de onde se tem vista belíssima da baía, da estátua de Ribamar e da praia urbana que a cerca. A gastronomia baseia-se no Camarão, Arroz de Cuxá, Sururu, Caranguejo e no famoso Peixe Pedra do Maranhão.

Chapada dos Guimarães

(por: José Rodolpho Assenço)

                      A Chapada dos Guimarães é considerada por muitos a capital do Ecoturismo, isso devido à infinidade  de córregos, cachoeiras e atrativos que a cercam. Trata-se de um imenso paredão de aproximadamente 150 quilômetros de extensão, separando a Baixada Cuiabana e o Pantanal ao sul; e o Planalto Mato-grossense ao norte.

paredão

                        A aproximadamente 60 quilômetros de Cuiabá, no sentido norte, o acesso a esse local dar-se por intermédio de belíssima estrada.

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                        A história de sua criação é um pouco confusa. Segundo relatos, originou-se com o bandeirante Antonio de Almeida Lara, que fez fortuna em Cuiabá e posteriormente teria caído em desgraça. Desanimado com essa situação, Lara seguiu ao norte pelo Rio Coxipó em busca de ouro e, em seguida, teria subido a Chapada também nesse intuito.

                        Contam ainda — provavelmente uma lenda — que o referido bandeirante teria parado para descansar próximo a um córrego. No momento em que ele resolvia seus problemas fisiológicos, percebeu algumas grandes pepitas de ouro. A partir daí Lara novamente tornou-se pessoa importante e rica na região.

                        Deixando os contos de lado, ele se instalou na região por volta de 1722, montando uma fazenda e engenho.

                        O primeiro nome da localidade como núcleo urbano, foi Sant´Ana da Chapada, posteriormente mudou para Sant´Ana da Chapada dos Guimarães, provavelmente por influência dos portugueses. O arraial prosperou, mas somente em 1953 foi criado o município de Chapada dos Guimarães.

                        Seu principal monumento é, sem dúvida, a Igreja de Santana. Após sua construção em 1779, teve o incremento do núcleo urbano ao seu redor, facilitada pelo fato de a localidade estar no caminho da estrada para Goiás, o que fortalecia o comércio.

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                        Além da história e de suas construções seculares, tem hoje a Chapada uma grande quantidade de bares, restaurantes e lojas de artesanato que merecem ser visitadas. Provavelmente seja o segundo pólo turístico mais visitado do Mato Grosso, perdendo somente para o Pantanal.

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                        Diversos pontos turísticos são encontrados na estrada que a corta. Alguns deles: o Rio Mutuca, o Córrego Salgadeira, verdadeiro complexo turístico que passa por reformas;  o mirante Portão do Inferno, a cachoeira Véu de Noiva, que ilustra alguns álbuns como cartão postal Mato-grossense; Cachoeira da Prainha; Cachoeirinha; quedas do Rio Claro, totalizando 487 cachoeiras no município e no Parque Nacional, que conta com 3.300 Km².

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                        A Cachoeirinha possui uma estrutura para o turismo com fácil acesso, contando com bar, restaurante e loja de artesanato, e é o melhor local também para quem deseja tomar banho em ducha natural.

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                        Pela sua altitude e por ter um clima mais ameno, no mês de julho, acontece anualmente o Festival de Inverno da Chapada, evento que movimenta a cidade, e que recebe muitos visitantes.