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Pontal do Atalaia – cores e luzes no pôr do sol

(por: José Rodolpho Assenço)

                        Em Arraial do Cabo, no Estado do Rio de Janeiro, um bairro residencial chama bastante atenção pelas suas características e localização.  

                       Situado ao largo da cidade, acima de uma colina de onde podemos visualizar o despontar de um cabo em direção ao mar, tendo às suas costas toda a cidade de Arraial e a frente a imensidão do oceano e extensa praia que segue até Saquarema, este é o Pontal do Atalaia.

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                        Arraial do Cabo que já foi distrito sendo atualmente município, é conhecido também pelas construções em estilo diferenciado, de inspiração mediterrânea em suas encostas, que lembram muito as imagens de cidades gregas ou mouras, ao longo do mar mediterrâneo.

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                        O Pontal do Atalaia segue nessa vertente com um toque a mais, pois além do visual, o setor preserva a vegetação típica de locais com pouca chuva e muita pedra, tais como cactos e arbustivas.  As ruas não são de asfalto e sim empedradas o que lembra também um parque ecológico.

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                        Além de famoso, o bairro é também considerado o local com o pôr do sol mais bonito do Estado.  Com essa fama, muitas pessoas locais e turistas de todas as nacionalidades, visitam-no diariamente ao final da tarde para assistir a esse espetáculo natural.  Trata-se de uma verdadeira festa de adoração a beleza que a natureza proporciona com direito a salva de palmas…

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                        Para alguns o Pontal é um local de paquera, enquanto outros simplesmente festejam, entretanto, os mais atentos percebem ali as diferenças de luzes e da coloração de céu, mar e rocha.

                        Já para aqueles que tem interesse em conseguir captar uma boa imagem, o bairro possibilita um número infinito de possibilidades.  A estes eu recomendo visitar o Pontal principalmente no inverno, momento em que a incidência solar é mais suave e um mundo de cores poderá se apresentar.  Um ótimo momento para experimentar um back light com efeitos criativos.

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                        Chegando um pouco mais cedo fica mais fácil realizar boas fotos do entardecer, pois a luz de baixa incidência e macia, vai se transformando pouco a pouco em uma luz mais dramática, as cores da vegetação e do mar também vão alterando, porém, para se perceber melhor essas mudanças o ideal é realizar diversas fotos de um mesmo assunto em momentos com iluminação e horários diferentes.

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                        As Cores vão alterando de púrpura, laranja e amarelo – cores primarias – as secundárias, o que proporciona excelentes momentos para quem quer realizar uma boa foto.

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                        A espuma causada pela arrebentação e a maresia ajuda nessas composições, assim como também o reflexo do sol no mar, que tanto pode ser incluído no contexto ou ainda para complementar a iluminação nas rochas e vegetação.

Vamos ao Atalaia?

Tatuamunha, no paraíso com o peixe-boi marinho

(por: José Rodolpho Assenço)

                        Tatuamunha, vila do município de Porto de Pedras, Alagoas, oferece um passeio imperdível para quem gosta de praia, natureza, simplicidade e ecologia.

                        A cidadezinha está localizada entre a sede do município de Porto de Pedras e São Miguel dos Milagres, também em Alagoas. Pode ser alcançada por quem vem de Maceió, passando por Barra de Camaragibe, ou vindo de Maragogi por Japaratinga em uma estrada estreita que passa por uma belíssima reserva, com direito a travessia de balsa para o centro de Porto de Pedras.

                        Tatuamunha tem em seu centro uma simpática e pequena praça de frente à Igreja de São Gonçalo, algumas vendas disponíveis aos poucos turistas que a visitam e um centro de atendimento ao turista do santuário do peixe-boi.

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                    IMG_5979    Partindo com um guia local, em leve caminhada, ultrapassamos algumas pinguelas sobre um mangue raso de grande beleza, onde crianças nativas brincavam despreocupadamente. Em seguida, atingimos alguns braços do pequeno rio Tatuamunha e, logo após, chegamos ao rio principal, onde embarcamos em jangadas, empurradas por “varões” (varas de madeira comprida que, tocando o fundo do rio, propulsionam a embarcação para frente). Nessa região, não se pode utilizar motor devido ao risco de lesão que pode causar ao peixe-boi. Enfim, chegamos ao local onde esse tranquilo mamífero, quase extinto, está sendo reintegrado à natureza.

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                        Sabe-se que o Peixe-boi marinho chegou a ser declarado extinto no início da década de oitenta, quando houve matança indiscriminada desse animal para utilização da gordura e da carne. Entretanto, restou um exemplar fêmea de cativeiro no lago em João Pessoa e, ainda, um casal que foi levado para um parque em Miami, Estados Unidos, e posteriormente resgatado.

                        Ressalte-se também que, depois, algumas poucas espécies foram encontradas ainda no litoral. Nessa ocasião, deu-se o início ao “projeto peixe- boi”. Hoje há área de readaptação em Alagoas e Paraíba. E a sede do projeto encontra-se em Itamaracá, próximo a Olinda, Pernambuco, onde existem diversos exemplares em recuperação para, num futuro próximo, serem devolvidos à natureza.

                        É importante frisar que esse trabalho se torna árduo e demorado, uma vez que, em cativeiro, esses dóceis mamíferos perdem a habilidade na busca de alimentos para sua sobrevivência. Acredita-se que hoje tenhamos aproximadamente 600 exemplares da espécie.

                      IMG_6012  Voltando ao passeio no Rio Tatuamunha, logo que chegamos ao cercado onde alguns exemplares desses peixes se encontravam em uma primeira fase de readaptação, observamos que a nossa embarcação começava a ser seguida por dois deles que, mesmo estando em liberdade controlada dentro do rio, estavam sendo monitorados, a todo tempo, com localizadores, uma antena de transmissão em seu dorso.

                       Para surpresa e alegria de todos nós, um deles se encostou na nossa jangada, como quisesse se coçar na embarcação. Nesse momento, tiramos uma série de fotos. Deu-nos vontade de fazer um carinho no maravilhoso peixe, porém, desistimos, pois estávamos orientados pelos guias que muito nos recomendaram a não tocar no animal, para não prejudicar a sua readaptação.

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                        Findo o passeio pelo rio, retornamos ao ponto de partida da embarcação, de onde iniciamos mais uma caminhada para alcançar a foz do Rio Tatuamunha junto ao mar. 

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                     Mais um cenário deslumbrante descortinou-se a nossa frente: a água límpida do rio se encontrando com a do mar, numa composição perfeita. Areia extremamente branca e palmeiras que pareciam querer mergulhar no mar. 

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                      Finalmente, não resistindo mais ao calor e à tamanha beleza do lugar, largamos as máquinas e partimos para um mergulho no paraíso.

 

Associação dos Condutores de Turismo e Observaçao do Peixe-Boi  tel: (82)  3298-6247