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Ilha da Areia Vermelha

(por: José Rodolpho Assenço)

                        A Ilha da Areia Vermelha é visita obrigatória a quem está a passeio ou trabalho na capital Paraibana. Localizada a poucos quilômetros ao norte de João Pessoa, ao largo da Praia de Camboinhas, é uma excelente opção de laser, oferecendo praia para todos, e com direito a aperitivos e peixes servidos em um de seus barcos-bares, que aproveitam da baixa maré para vender seus quitutes aos turistas.

                        Iniciamos nosso passeio, portanto, na Praia de Camboinhas, em um de seus diversos bares e restaurantes que, além dos pratos de culinária nordestina e frutos do mar, oferecem também outro serviço, a travessia até a Ilha da Areia Vermelha, de cortesia ou a preços acessíveis. Camboinhas tem toda essa estrutura e é também uma bela praia de águas calmas e quentes que, por si só, já representa uma excelente opção de laser.

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                        Logo cedo, a maré começa a baixar, o que inicialmente provoca uma mudança na coloração do mar, e uma faixa de areia surge num horizonte não distante, não mais do que três quilômetros. Em decorrência disso, uma movimentação se inicia na praia onde algumas embarcações começam a ser abastecidas dos mais sortidos mantimentos, além de mesas e cadeiras. Estamos próximos das dez horas da manhã.

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                        A faixa tênue de areia no horizonte começa a alargar e a tomar forma de uma ilha e, quanto mais raso vai ficando, mais verde-claro fica a cor do mar. Alguns praianos mais apressados já seguem para a Ilha em jangadas e pequenas lanchas. Pouco depois das 10 horas, diversas embarcações encalhadas na ilha já podem ser observadas, algumas distribuindo, ao seu redor, mesas cadeiras e barracas de sol.

                        Decidimos, nesse oportunidade, seguir o passeio até a ilha, deixando — para quando a maré voltasse — a agradabilíssima praia de Camboinhas e, assim, seguimos em uma pequena lancha.

                        A travessia nesse trajeto em maré baixa proporciona uma visão deslumbrante, pois toda a praia e região são de pouca profundidade, o que facilita a visão da areia, corais e peixes no fundo da água.

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                        Após atracarmos, ou melhor, encalharmos nossa lancha na ilha, procuramos logo um local para nossa base em um dos bares também encalhados: com mesa, cadeiras e barraca de sol devidamente instalada. Nesse instante, peguei a máquina fotográfica e, deixando os meus pertences à mesa, juntamente com os companheiros, segui para fazer um registro fotográfico de tudo que acontecia ao nosso redor.

                        A Ilha, um imenso banco de areia de cor alaranjada e, às vezes, avermelhadas, tem, em seu limite com o mar aberto, um grande recife de corais que a protege das poucas marolas das águas calmas do nordeste. O vento é forte como acontece em toda a região, porém o sol é intenso, o que nos obriga utilizar bastante protetor solar, parceiro indispensável para essa aventura.

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                        Segui pela área dos corais onde, entre suas frestas e em pequenas piscinas, percebi uma infinidade de pequenos peixes coloridos. Mas, ao largo, a imagem do mar batendo nas rochas. Prossegui fotografando cada momento de minha estada e logo entendi também que, daquele local, seria um ponto ideal para uma foto de toda orla de João Pessoa. Busquei uma tele objetiva e dediquei alguns momentos buscando uma boa fotografia.

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                        Retornando à base, ou melhor, ao barco-boteco, prossegui fazendo alguns registros fotografando de turistas, banhistas e demais embarcações que, naquele momento, chegavam à ilha. Algumas embarcações de passeio e veleiros se juntavam às pequenas lanchas da travessia, algumas tomadas frontais da Praia de Camboinha em composição com embarcações, a Ponta de Cabedelo ao norte.

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                        Finalizei minha série de fotos do local registrando os barcos- bares e as atividades de seus funcionários e garçons.

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                        Registros feitos, juntei-me aos demais parceiros para conversar, tomar um banho de mar nesse paraíso e almoçar com todos um delicioso vermelho.

O Farol do Cabo Branco

(por: José Rodolpho Assenço)

                         No limite sul de João Pessoa, na Paraíba, a Ponta do Seixas destaca-se não só pela beleza do lugar e por suas falésias com mais de 30 metros de altura, mas também como o local mais oriental de todo o Brasil e da América, limite extremo do continente americano.

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                        O local é de rara beleza e proporciona uma vista ampla de toda a cidade, principalmente da bela praia de Cabo Branco, de mar calmo e ainda limpo, remetendo-nos a uma conotação de cidade pequena com ar bucólico e tranquilo. Hotéis, pousadas e bons restaurantes podem ser encontrados com facilidade.

                        Destaca-se ainda, nesse contexto, o restaurante situado exatamente no início da Ponta do Seixas, que proporciona uma bela vista da praia, que, à noite, se transforma numa paisagem litorânea em uma combinação de cores e luzes. Não bastasse, deparamo-nos também, no local, com uma culinária variada, voltada para pescados e frutos do mar.

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                        Logo acima, no topo da falésia, situa-se a região conhecida como o Altiplano de Cabo Branco, onde uma composição de fatores torna obrigatória a vista de turistas que visitam a capital da Paraíba, com destaque especial para o Farol de Cabo Branco.

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                        Esse imponente Farol, construído quase à beira do penhasco, é uma obra de formato único, com suas pontas que dizem ser uma representação de um sisal — planta arbustiva do semiárido, de onde se extrai fibras para fabricação de cordas e tecidos — com altura de 40 metros, construído em 1972 para auxiliar a navegação aérea e marítima no local.

                        Logo em frente, à beira do penhasco, há um mirante, de onde se tem uma a visão ampla do oceano, das praias e da cidade de João Pessoa. Vizinho ao local, há o complexo denominado Estação Cabo Branco de Ciências e Artes, obra projetada pelo arquiteto Oscar Niemayer.

                        Ao sul do farol, pode-se ver a praia da Ponta do Seixas e, em sequência, a Praia de Búzios, excelentes atrativos turísticos.

                        O local é também muito disputado por turistas e por “baladeiros” que se dirigem para lá no final da noitada, no intuito de ver o primeiro nascer do sol das Américas.

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                        Mas não é somente de tranquilidade que vive o local, pois o frequente avanço do mar vem destruindo sequencialmente a base da falésia que o sustenta, além das rústicas barracas de praia. Algumas ruínas de casas já podem ser avistadas a sua base, bem como alguns sinais de que quedas de barreira.

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                        Algo urgente necessita que seja feito para inibir o problema,  pois, a continuar a ação direta do mar sem se adotar providência cabíveis para o caso, a falésia poderá trazer riscos eminentes tanto à estrutura do farol como às demais instalações no local.