(por: José Rodolpho Assenço)
Urubici, pássaro brilhante, é o nome de uma ave, uma espécie de galináceo, existente na região do alto Rio Canoas, hoje uma bela cidade encravada entre duas serras no planalto catarinense, conhecida como a capital do turismo de aventura devido aos inúmeros desfiladeiros e cachoeiras que a cerca.
Sua pré-história é rica. Conta com diversos sítios arqueológicos com mais de quatro mil anos. Foi habitado em seus primórdios pela tríbu xoquelengue, de origem tupi-guarani.
O marco histórico de Urubici foi por volta de 1710 quando da entrada dos jesuítas com ordens reais para que conquistassem o vale e catequizassem os índios ali existentes. Porém, somente no final do século XIX, é que a região foi definitivamente ocupada e se iniciou a formação de um povoamento — a partir de 1920 — que foi incrementado com a chegada de imigrantes, principalmente italianos, na região do vale.
Conta a história que toda a região era pantanosa, e tomada de um imenso pinheiral, o que também aguçou a curiosidade dos madeireiros que, por fim, se estabeleceram no povoamento. Esse povoamento somente foi elevado à categoria de município em 1956.
A cidade conta a sua volta com diversas possibilidades de lazer e aventuras, como por exemplo, diversos paredões e cachoeiras indicadas para a realização de rapel, canoagem em diversos rios da região, rampas de salto de asa delta, tudo acompanhado da inigualável paisagem da serra, uma constante em todas as direções.
Importante se conhecer a cidade e visitar a serra e seus picos, a Serra do Corvo Branco e o Morro da Igreja.
Em minha visita a essa cidade, percebi que, além de estar totalmente em um vale cercada por diversas serras, o seu núcleo urbano é bem agradável, arborizado e extenso.
Assim que cheguei à cidade, segui pela Avenida Adolfo Konder, ampla e bem agradável, com diversas casas simpáticas que lembram a colonização alemã e a italiana na região. Visitei o Centro de Atendimento ao Turista e a interessante Igreja de Santa Catarina, ao lado da qual estacionei o carro por algum momento.
Em seguida, prossegui por toda avenida até chegar à igreja principal, logo acima de um leve outeiro: a Igreja Matriz de Nossa Senhora Mãe dos Homens, em estilo gótico, que é uma das maiores de todo o estado de Santa Catarina. Após muitos anos de construção, sua inauguração se deu apenas em 1973, obra do Padre José Alberto Espíndola, cujos restos mortais estão sepultados no interior dessa casa de Deus. Consta que o padre ganhou reputação de santo, e diversas graças foram atribuídas a ele.
Outro fator interessante foi constatar que essa bela obra gótica foi realizada completamente com dinheiro doado pela comunidade de Urubici.
Após o almoço, segui em direção ao Mirante da cidade, subindo uma das serras a seu redor, para registrar imagens de tudo que podia alcançar.
Prossegui deste local até um dos sítios arqueológicos onde os primitivos moradores deixaram inúmeros petróglifos.
Antes de finalizar meu passeio à cidade, busquei fotografar uma das inúmeras cachoeiras a seu redor. Como me recomendaram conhecer, também, a Cachoeira do Avencal, segui mais um trecho de serra acima até chegar a um local de floresta de araucárias, onde estacionei o veiculo.
Estava determinado a fotografar a cascata de mais de cem metros de altitude. Apesar do belo parque de pinheiros que estava a minha volta, onde inúmeros jovens praticavam, naquele momento, arvorismo, chamou-me mais atenção um belo lago com uma ilha ao meio.
Percebi que toda a área acima da cascata é composta de inúmeras nascentes que e, juntas, se precipitam com o córrego de mesmo nome.
Chegando à cachoeira, registrei algumas fotos. Havia, no momento, uma excursão, o que atrapalhou se fotografar, em melhor ângulo, a cascata do Avencal.
Por fim, caminhei pelo parque por alguns minutos, conhecendo um pouco mais do local e da vegetação e finalizei, em seguida, minha visita a essa fantástica cidade.