(por: José Rodolpho Assenço)
Extreminha ou Córrego Extreminha é um verdadeiro oásis no alto sertão mineiro, um balneário, um córrego, longe de qualquer cidade ou povoamento; é um excelente lugar para aproveitar a natureza com banhos em águas mornas e límpidas.
Há locais que nos marcam devido à praticidade, facilidade de acesso e principalmente por serem acolhedores.
Muitos viajantes passam pela rodovia BR-040 sem perceber que em uma pequena ponte, depois de uma curva, existem águas cristalinas que podem oferecer momentos agradabilíssimos.
Esse oásis encontra-se no município de Lagoa Grande, Minas Gerais, em um grande vão do sertão, uma área de cerrado fechado e cortado pelo Rio da Prata a aproximadamente quarenta quilômetros de João Pinheiro. Esse grande vão — e baixio — compreende uma região de aproximadamente setenta quilômetros desde o vão do Rio Paracatu até próximo às colinas que antecedem a cidade mineira de João Pinheiro.
Região de baixas altitudes e de calor intenso, cortada também por inúmeros córregos.
Já havia estado nesse local a muitos anos atrás quando retornava de uma viagem à capital mineira, e até um certo tempo não sabia que havia mais qualquer acesso àquele local.
Parti, porém, de Paracatu em busca desse oásis, que se distancia desta cidade aproximadamente sessenta quilômetros.
Assim que cheguei ao local, iniciei rapidamente um conjunto de fotos, algumas que mostrassem a rodovia com o córrego, ou do Extreminha a seu lado.
Parei por um tempo sobre a pequena ponte para observar esse banhado, que, naquele momento, estava contrário à luz do sol. Havia, na sua margem direita, uma pequena choupana com uma canoa de uma tabua só, comprovando a rusticidade dessa região.
Realizei mais algumas fotos tentando apresentar esse córrego de aparecia estranha e sombria.
Porém, suas águas límpidas e cristalinas, oriundas de algumas nascentes, logo após a ponte, seguem por um canal onde se pode ver algumas piscinas naturais e quedas d’agua construídas no intuito de se transformarem num balneário.
No balneário, observei uma boa estrutura com chalés compostos de churrasqueiras, freezer, fogão industrial sob uma estrutura de madeira e palha, compondo ainda uma grande pia de cozinha e uma grande mesa de jantar ao centro.
Logo que me instalei, busquei imagens da água cristalina, motivo do qual me fizeram transpassar por todas essas distâncias.
Iniciei minhas fotos com os canais que das nascentes alimentam as piscinas e cachoeiras artificiais. Esta vem acima de um grande muro de pedra, passando por uma pequena piscina próxima a um ranchão de palha e segue para a principal despencando em uma queda de água quente.
Caminhei por volta de toda a grande piscina tentando retratar a dimensão do espelho d’agua, bem como a sua limpidez. Em toda piscina, até nas partes mais fundas, é possível se ver o fundo, pois ela é construída em uma diagonal iniciando do lado próximo aos chalés com oitenta centímetros e do outro próximo a dois metros de profundidade.
Na primeira queda d’agua, todos se impressionam com a temperatura dessa fonte, bastante agradável, pois a mesma fica exposta ao sol do sertão.
Ao final da piscina, uma nova queda distribuída em duchas tem a água com temperaturas menores, levando em consideração que, devido à profundidade da piscina, essa tende a ficar mais fria.
Prossegui tirando foto do local e de parte de sua estrutura, em especial no que se refere às águas e às quedas d’agua.
Por fim, ao finalizar o conjunto de imagens que queria realizar e beber um refrigerante, parti para dentro da água, de onde tive dificuldade de sair quando o final da tarde se aproximava.