(por: José Rodolpho Assenço)
Taquaruçu, distrito de Palmas, Tocantins, é um paraíso a ser conhecido por todos que visitam essa bela capital, e pode representar um passeio refrescante com oitenta e duas cachoeiras a apenas vinte minutos da capital tocantinense.
Em minhas últimas estadas ao Tocantins, havia ouvido falar sobre esse polo de ecoturismo, porém, como sempre as viagens eram muito corridas, não havia tido tempo de visitá-lo.
Porém, em visita ocorrida em setembro próximo passado àquela capital, acompanhado de Nayara, surgiu a oportunidade de conhecer a pequena e bela Taquaruçu, antigo município de Taquaruçu do Porto.
Sua vida como município durou pouco tempo, pois foi criado em janeiro de 1988 e, logo em dezembro de 1989, passou a ser distrito da capital Palmas, englobando também os distritos de Canela e Taquaralto.
Seu nome vem de origem indígena, que significa Taboca Grande e fora um ponto de descanso dos tropeiros e viajantes que seguiam de Porto Nacional para a Bahia.
Conhecida na capital como região serrana, Taquaruçu possui hoje uma população residente de aproximadamente cinco mil habitantes. Encontra-se encravada em um aglomerado de montanhas e serras, numa região de vegetação exuberante e repleta de cachoeiras, entre elas: as de Taquaruçu, Vai quem quer, Roncadeira, Evilson, totalizando oitenta e duas cachoeiras catalogadas, dessas havendo apenas nove de fácil acesso e com possibilidade de visitação.
Consta ainda, em Taquaruçu, a existência de grutas a serem visitadas, córregos para descanso e banho, mirantes acima da serra, entre outros atrativos.
Inúmeras pousadas foram criadas nos últimos anos na pequena cidade que, além das cachoeiras, possui outros atrativos: duas enormes tirolesas com aproximadamente duzentos metros de altitude; locais para prática de rapel, entre eles o da própria cachoeira da Roncadeira. Muitas chácaras e casas de veraneio também vêm sendo construídas nos últimos anos na região, no intuito de se buscar uma vida tranquila e mais saudável nos finais de semana, fugindo-se do calor escaldante da capital.
Quando chegamos a Taquaruçu, demos logo uma grande volta na pequena cidade, que conta com duas praças, uma central composta de coreto; uma cachoeira ou fonte alusiva possivelmente à grande quantidade de cachoeira da região, compondo o cenário de alguns bares e restaurantes ao seu redor, além de um quiosque de cerveja e tira-gosto bem ao centro.
Praça bem arborizada e com jardins e bancos vistosos.
Ao final da cidade, após uma rua comercial, há uma pequena praça que abriga a Igreja de Nossa Senhora do Rosário com alguns bancos à frente e uma grande cruz em madeira.
Após circular pela cidade, e tendo em vista o adiantado da hora, decidimos voltar à praça principal e escolher um restaurante para almoçar. Por sorte, logo ao final da praça, encontramos um rústico com bancos e mesas em toras de madeira e onde tivemos a oportunidade de comer uma galinhada com um pirão delicioso, feito com o próprio molho da galinhada, adicionando pimentas bem diferentes das demais que já havíamos provado.
Retornando à estrada para Palmas, apenas três quilômetros, decidimos aliviar o calor na cachoeira de Taquaruçu.
Logo que estacionamos o carro, percorremos uma trilha arborizada de apenas trezentos metros e logo nos deparamos com um bar-restaurante bem próximo. Havia diversas mesas sob as árvores, e com a cachoeira bem à frente.
Essa cachoeira de Taquaruçu, apesar de pequena e com poço de pouca profundidade, é um local excelente para crianças e famílias ficarem, podendo, por exemplo, desfrutar de uma tarde agradável e refrescante, sob as águas límpidas daquele belo local.
Na vazante do poço, existem mesas e cadeira onde colocamos nossos pertences e rapidamente decidimos seguir ao banho e, por fim, curtir uma hidromassagem junto às pedras da cachoeira, finalizando, assim, nossa estada em Taquaruçu em um ambiente fantástico.