(Por; José Rodolpho Assenço)
A Serra do Corvo Branco, localizada no extremo sul de Santa Catarina é uma grande formação rochosa dividindo dois municípios do estado de um lado Urubici e do outro Grão-Pará.
Seu nome esta ligado a um grande urubu que possui uma plumagem branca e era observado na região. Teria sido confundido com um corvo, sendo este uma ave que não existe na serra.
Atravessada pela SC-370 que liga os dois municípios com aproximadamente sessenta quilômetros. Sai de Urubici a 950 metros sobe até a 1.400 metros e desce para Grão-Pará quase ao nível do mar.
Em minha viagem estávamos em Urubici já pelo final da manhã, e após uma visita rápida ao centro e a igreja matriz busquei o ICMbio no intuito de conseguir uma autorização para subir ao Morro da Igreja, local mais alto do estado com 1.850 metros. Porem, assim como da minha outra estada pela serra catarinense o local estava interditado a visitantes por mais de um ano por não estar oferecendo condições de segurança.
Lembrei de alguns amigos que haviam visitado o Corvo Branco e assim, decidi visitar o referido local pois todos haviam me retratado como sendo de rara beleza.
Saindo de Urubici seguimos por um trecho de estrada estreita e asfaltad,a passando por diversas pousadas com belos jardins e casas de estilo europeu, tudo muito florido. Esse trecho possui também diversos haras e criações de cavalos.
Logo começamos uma leve subida e chegamos ao final do asfalto, seguindo pelo aclive em estrada de terra cascalhada. Permanecemos na terra por alguns poucos quilômetros e logo retornamos ao asfalto que perfaz a parte de subida mais íngreme.
No topo logo estacionei e iniciei fotografando um imenso paredão cortado, e com uma vegetação de gramíneas interessantes.
Começamos em seguida a caminhar por todo esse paredão até o momento já no declive onde descortina uma bela visão do alto da serra.
De um lado um imenso granito que lembra de alguma forma o “Pão de Açúcar”, sinaliza ser o ponto mais alto, do outro uma imenso vão e sua planície na seqüência demonstrando estar ali o final da serra.
Nesse local paramos para fotografar a vegetação e algumas fotos pessoais, logo avistei uma grande pedra inclinada que saia da mata e parecia que iria descer ribanceira abaixo.
Estávamos no meio da tarde e devido a isso a temperatura estava mais agradável registrando 7 graus no termômetro.
Após alguns momentos nessa pirambeira, busquei o carro para realizar a descida em direção a Grão-Pará, para atingir um largo ou um mirante que já havia observado de cima.
Chegando lá paramos novamente para fotografar a estrada serpenteando a serra e o imenso vão logo abaixo. Observamos ainda um pequeno caminhão que vinha muito abaixo sofrendo bastante para conseguir transpor esse enorme obstáculo.
Nesse momento caia uma leve garoa o que me fez imaginar estar atravessando uma serra dessa dimensão, estreita e com tão grande aclive em um dia de chuva forte. Confesso que fiquei com medo da garoa engrossar e assim que finalizamos as fotos, buscamos nosso retorno ao local de partida.