(por: José Rodolpho Assenço)
Rifaina, cidade paulista na divisa com Minas Gerais, surgiu em minhas pesquisas sobre a história do interior de forma inusitada.
No inicio do ano, buscava uma forma de conhecer as cidades históricas de Sacramento, o Arraial de Desemboque, a Serra da Canastra e o Sertão da Farinha Podre. Pesquisando em inúmeros mapas comecei a buscar uma cidade que estivesse próxima a região, onde poderia ser nossa base para as diversas visitas, de preferência um local aprazível, que pudéssemos levar a família.
E assim aconteceu, logo avistei nos mapas, e próximo de onde pretendíamos visitar, as margens do Rio Grande,e , em especial na Represa de Jaguara, a pequena Rifaina. Pelas imagens de satélites pude observar que havia praia e ancoradouros, alem de algumas pousadas e restaurantes.
Imediatamente comecei a avisar nosso grupo de aventura e foto qual seria nosso imediato destino.
Essa região já era conhecida pelos bandeirantes em especial por suas descidas no Rio Grande rumo ao sertão, região habitada unicamente pelos índios que a dominava.
Séculos depois com a construção da ponte férrea que ligava Franca a Desemboque veio à efetiva ocupação da região, com a doação das terras para a Diocese de São Paulo, o que resultou no Arraial de Santo Antonio do Cervo em 1862.
O pequeno arraial floresceu, e, em 1873 foi elevado à freguesia com o nome de Santo Antonio de Rifaina, em 1877 foi erguida a estação da Estrada de Ferro Mogiana.
Em 1960, iniciaram-se as obras de construção da represa de Jaguara, criando por conseguinte a represa e a praia de Rifaina. Jaguara com o grande volume de água que desce pelo Rio Grande, consegue manter seu nível praticamente estável por todo o ano e que facilita tanto a difusão de esportes náuticos bem como a existência da praia.
Hoje Rifaina é procurada por quem gosta de realizar mergulhos e fotografias subaquáticas devido à limpidez de suas águas, alem de inúmeras cachoeiras e trilhas em sua região.
Voltando a nossa viagem, seguimos para Rifaina próximo ao meio dia, nos acompanhava nessa empreita o fotografo Cleber Medeiros e família, partindo de Brasília, e, Humberto Neiva e família que seguia de Paracatu por outra estrada.
Seguimos até a divisa de Minas com São Paulo, onde buscamos a entrada de Igarapava e depois margeando o Rio Grande até chegar a Rifaina.
Na cidade havíamos reservado vagas para todos na Pousada Vila Harmonia, onde fomos imensamente bem recebidos pelos proprietários Diego e Sayonara.
Assim que chegamos Humberto já nos aguardava na pousada, onde conversamos com nossos anfitriões proprietários, sobre a região a bela cidade e também, degustamos da cerveja artesanal produzida pelo Diego na região.
Para Humberto também foi uma surpresa conhecer a cidade, muito organizada, limpa e ordeira que em sua analise, parecia uma cidade de boneca, se referindo tanto a beleza como também a sua pequena dimensão.
Diego nos apresentou também o guia Ernani Baraldi, um apaixonado pela região, que logo nos informou das possibilidades de passeios e mergulhos na represa para os próximos dias.
Nos dias seguintes realizamos nossas viagens em busca das cidades históricas, mas sempre voltando a Rifaina para desfrutar de uma orla única no sertão, com diversos deck’s para atracar as embarcações, praias e com um calçadão fantástico com diversos bares e restaurantes a sua frente.
Após a praia existe um anfiteatro bastante interessante construído sobre as águas e intercalado entre o palco e a platéia com um canal.
Um dia especial de muito sol escolhemos ficar na praia, desfrutando também do calçadão e dos bares com meu filho e Nayara.
Em outro, alugamos uma grande lancha para um passeio com direito a um churrasco no meio do lago onde todos participaram.
Depois de inúmeras saídas para atingir nossos objetivos históricos, finalizamos nossa viagem apaixonados por Rifaina.