(por: José Rodolpho Assenço)
Catulé é o nome de um rio no município de Bonito de Minas, local de um belo balneário, com praia e água límpida, local de vegetação abundante e bem conservada do norte do estado.
Saí tarde da manhã em companhia de Nayara e de meu amigo Humberto Neiva, da esposa e dos netos dele, em busca de algum local para passarmos a tarde e almoçar. Seguimos por uma estrada em boas condições, que partia de Brejo do Amparo para o município de Bonito de Minas, numa distância aproximada de quarenta e cinco quilômetros.
Logo que caímos na estrada, passamos por vegetações interessantes, inúmeras paredes de pedra, que nos pareceram de origem calcária de tonalidade cinza claro; abaixo, uma mata exuberante intercalada com pequenas propriedades rurais que transpareciam conviver de forma harmoniosa com a natureza.
Acima dessas formações rochosas, tínhamos sempre a presença de inúmeros cactos de formato e coloração diferente.
A estrada é sinuosa e, por essa razão, andávamos bem devagar, de forma a também poder observar a beleza colocada a nossa frente pela natureza.
Assim que chegamos a Bonito de Minas, saímos do asfalto e encontramos a cidade toda pavimentada em paralelepípedos, alguns belos casarões logo na entrada e, em uma avenida larga, localizamos a praça e a Igreja Matriz. Estacionamos os veículos e, em seguida, busquei fotografar a pequenina e simpática Igreja de Bom Jesus do Bonito.
Caminhei ainda próximo a essa praça realizando um conjunto de foto.
Bonito teve sua origem de um ponto de pouso de tropeiros que vinham de Goiás, isso em 1937.
O senhor João Gasparino Pimenta, pecuarista da região, fazia nesse local, seu primeiro pouso, após sair de suas terras em direção a Montes Claros para comercializar seu rebanho.
Nesse costume, certa feita, Gasparino procurou os donos das terras, e o Senhor João Antonio Coutinho doou-lhe parte de suas terras para a fundação de um povoamento.
Logo em 1939, iniciava-se o pequeno arraial e, em seguida, construída a Igreja do Bom Jesus.
Em 1976, o povoamento foi elevado a distrito de Januária e, por fim, em 1995, esse foi desmembrado tornando-se município.
Voltando a nossa visita, atravessamos a cidade de Bonito e, por fim, em uma estrada de terra, ou melhor, um verdadeiro areal, seguimos por aproximadamente oito quilômetros até atingir o Balneário de Catulé, que conta com uma estrutura de bar (sem restaurante). O rio Catulé tem águas cristalinas e há uma ponte de fila única, em concreto, e uma bela praia de areias claras amareladas.
Estacionamos. O calor estava intenso e, de imediato, decidimos beber alguma coisa, momento esse em que achamos por bem perguntar ao dono do bar sobre qual seria o almoço. Imediatamente, assustamo-nos com sua resposta, pois, no local, ele não servia refeição. Indicou-nos, porém, uma senhora, a uns cinquenta metros, dona de uma chácara que normalmente servia galinhada.
Deixando nossos pertences no bar, buscamos conversar com essa senhora, para resolver nosso problema, que era sério, pois éramos muitos e contávamos com a presença de crianças no passeio.
De pronto, todavia, ela se comprometeu, com preço bem acessível, a fazer uma galinhada com feijão tropeiro, além de carne de sol com batata e salada, concedendo-nos um prazo de hora e meia para retornarmos.
Naquele momento, e com nosso almoço encomendado, buscamos novamente a praia do balneário para um banho e também para realizar algumas fotos do local.
Ao retornar à mesa, estava tudo pronto. Tivemos a oportunidade de aproveitar de uma galinhada, mas, o que nos causou maior surpresa foi, sem dúvida o feijão tropeiro que aquela senhora preparou, com torresmo, bacon, realmente uma delícia.
Dessa forma finalizamos nosso passeio.