(por: Cleber Medeiros)
Já estava perto da hora do almoço e resolvemos sair de Paracatu rumo a Vazante.
Estávamos eu, o pesquisador e também fotógrafo Rodolpho Assenço e o anfitrião e guia, o empresário Humberto Neiva. Nossa meta era conhecer a famosa gruta da Lapa Nova e outras belezas naturais que pudessem ser descritas e mapeadas para o Foto Strada.
A cidade de Vazante cresceu em um vale, entre serras cheias de rochas gigantescas e muitas árvores.
Logo que entramos na cidade, encontramos a gruta da Lapa Velha, na praça Dom Eliseu.
Na pequena gruta incrustrada ao pé de uma montanha tem uma imagem de Nossa Senhora – colocada onde costumam dizer que ocorreu uma visão da santa – e muitos devotos vão até lá pagar promessas, rezar e prestar homenagens.
Infelizmente havia um portão fechando o acesso a gruta, o que nos limitou a fotografar apenas do lado de fora, entretanto, é de uma beleza singela se comparada ao que estava por vir, a Gruta da Lapa Nova.
O portão da gruta da Lapa Velha só é aberto uma vez por ano, no período de festividades religiosas.
Após uma rápida volta pela cidade, paramos para almoçar e resolvemos seguir para a gruta da Lapa Nova, a cerca de 5 km do centro da cidade.
A estrada é amigável e repleta de belezas naturais e culmina em um pórtico feito com paredes de pedras, onde fica a entrada do parque que dá acesso a gruta – que é considerada a quarta maior do país.
Após uma trilha curta, de aproximadamente 500 metros com alguns desníveis e subidas – mas nada que seja muito puxado para pessoas relativamente sedentárias – chegamos a entrada da gruta, aparentemente monumental, mas sem maiores atrativos.
Como chegamos ainda na hora do almoço, havia poucas pessoas e apenas um guia, então resolvemos seguir sozinhos por um período, levando duas câmeras em tripés para fazer longas exposições que seriam iluminadas por lanternas de led de alta potência, em uma técnica que chamamos de light painting.
Passamos pela primeira galeria já maravilhados e encontramos um grupo que seguia com o guia local, ele explicava sobre aspectos espeleológicos ao grupo e apresentava outros salões.
Num dado momento nos apresentamos e explicamos nossoprojeto fotográfico, ele entendeu e nos pediu que esperássemos. Quando terminou de guiar o grupo, deu atenção exclusiva para nossa equipe, mostrando inclusive os locais mais bonitos e de difícil acesso (fora dos limites impostos pelas cordas com os balizadores), mas nem por isso arriscados.
Sempre primamos pela segurança, uma boa imagem jamais valerá o preço de uma fratura ou risco maior.
Após a breve jornada, concluímos que é um passeio sensacional, uma aventura maravilhosa para pessoas de praticamente qualquer idade (eu pretendo voltar lá com meus filhos e namorada).
Fiquem com as imagens e preparem as malas, vale cada minutos de seu tempo!