(por: José Rodolpho Assenço)
Vazante, cidade do noroeste de Minas Gerais, nascida da fé por Nossa Senhora da Lapa, local de belas igrejas, de gente acolhedora, de muito verde e de grandes belezas naturais.
Encrostada no vão da Serra da Lapa, seu nome advém da antiga Fazenda Vazante, citada por diversos viajantes no século XIX. Saint Hilaire (1819) relata a Serra como fonte de águas minerais com sais, indicadas para complementar a alimentação do gado.
O nome Vazante vem das enchentes que, nas chuvas fortes de verão, transbordavam o córrego de mesmo nome que a fazenda.
Porém o povoamento surge com a visão de Nossa Senhora por um casal de viajantes que, adentrando na gruta da lapa velha, tomaram por verdade o que seria, e é, uma estalagmite.
Como a notícia da Santa se espalhou, uma capela e um pequeno povoamento surgiram logo à entrada da pequena gruta. Em seguida, houve, em 1917, a cessão de vinte agueires de terra para o patrimônio de Nossa Senhora da Lapa. E a primeira povoação, que era conhecida de Lapa, cresceu e teve sua emancipação como município em 1953.
Essa bela cidade, cercada pelas montanhas da Serra da Lapa com inúmeras cavernas, vive, hoje, momento de grande desenvolvimento. Conhecida como a capital do zinco, possui grandes reservas desse metal, exploradas e comercializadas pela “Votorantim”.
Visitei a cidade, acompanhado do amigo Humberto Neiva, de Paracatu, companheiro de inúmeras aventuras, e do fotógrafo Cleber Medeiros.
Logo na entrada da cidade, encontramos um monumento que consiste em cruz e estátua à Nossa Senhora da Lapa; à seu lado esquerdo, exatamente, a Gruta da Lapa Velha, onde a aparição e romarias começaram.
A gruta é pequena e estreita e, no seu fundo, há uma grande estalagmite, o que dizem ser a imagem da referida santa.
Ainda na entrada da cidade, paramos em uma grande praça — com um belo jardim — que abriga também a grandiosa Igreja Matriz de Nossa Senhora da Lapa.
Não tivemos oportunidade de visitá-la por dentro, porém consta que há uma grande imagem da santa no altar daquela igreja, que teria sido trazida da Holanda pelos antigos fazendeiros no começo do século XX. Tanto a dimensão da Igreja como a dos jardins, impressionam bastante quem visita a cidade.
Seguimos conhecendo as ruas sinuosas da cidade. Casas bem construídas denotam a boa situação financeira vivida hoje pelos habitantes do local.
Em outro bairro mais afastado, conhecemos uma segunda Igreja.
Finalmente, antes de finalizar nossa estada na pequena cidade de vinte e nove mil habitantes, realizamos diversas fotografias e filmagens de outras grutas existentes na região.